sábado, 10 de março de 2012

O poema nasce como o fogo tricolor
e o poeta constrói-se com as cinzas diurnas
de um palácio azul turquesa. o poema fala e
semeia gritos esculturais como um hóspede
da madrugada a ler a sua confissão. o poema cabe
em nós como uma flor de mármore
à espera que o silêncio ganhe botões de rosa.
o poema fecunda-se na parte feminina do escuro
no interior das axilas do vento, onde os sonhos acendem
janelas e as sombras são uivos de paisagens
com perfume de criança.

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