quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Na Sé foram as nossas juras de amor
Debaixo da cruz entreguei-me
fazendo jus ao pecado
Abri as pernas e tu choravas
a dor que se adivinhava
despi meus seios
semeei meu leite na tua boca
feito a Virgem Maria.
Na Sé foi o fim do amor
desencontrado no acto
Enquanto te vinhas eu gritava: PARTO!

A viúva chorava a morte tardia do marido embuchado
O cego cantava numa ladainha riscada:
-Senhora dá-me teu leite que também tenho sede

E o orgasmo? O que é feito dele?
Miragem do passado. PARTO

- mas e o fim começou na sé? qual fim? qual sé?
- trocadilhos da mente que as vezes se escapam

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