quinta-feira, 30 de setembro de 2010

AZUL

Azul foi ontem quando te ouvi e hoje depois que te li. Azul é quando sonho com o mar e o céu, que se misturam no meu olhar. Brilham as estrelas quando te canto. Fco azul, tão azul como ontem quando te ouvi. Tocas devagar o concerto nº2 de Chopin e o Maestro desmaia no acorde onde tudo é azul, tão azul como hoje quando te li. Se o silêncio pede por pausa, um bater de palmas tímido chama por ti, mais uma vez. Estás azul, tão azul como o céu que agora sorri. No fechar das cortinas descubro o vermelho carmim abraçando com paixão o azul do mundo que veio de ti. Na mistura do branco com o negro, do verde com o azul, és azul, tão azul como nunca vi. Nasce em nós a cor que doce se mistura sem nunca ser única. Dou-te um filho quase azul que abraça o verde sem preconceito. Dou-te um beijo vermelho da cor do sangue que corre entre nós. Azul, quase azul seremos tais na mistura do teu sorriso com meu.
Descansa agora que a noite regressa quase sem cor.

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